Nunca fui tão irónica como fui naquele preciso momento. O ar gélido levou-me a calar o coração quente, e pensei para mim: '(...) guarda as palavras para quando te apetecer com elas tocar piano, como antigamente fazias, como era suposto fazeres o resto da tua vida (...)'.
Gostava de ser como tu, poder inventar uma caixa pequenina, talvez forrada com um tecido como o veludo, talvez azul ou púrpura... E lá dentro guardar tudo. Lá dentro e só lá dentro tu és. Eu devia ser assim. Afinal sou tão boa actriz como tu. E, no entanto, não é verdade. Não sou tão boa actriz: não me consigo enganar a mim própria.
As cortinas fecham-se. Aguarda-se o terceiro acto. A hibernação começa.
Enigmático. Parece que... Cativa-se ... promove-se ... começa ou está prestes a ... e depois???
ResponderEliminarTermina lá isso.
Sentimentos em voz alta, pensamentos sem resposta. Trágico e auto irónico a mesmo tempo... Uma boa ideia, que pode ser mais desenvolvida. Mas é um bom começo, Parabéns miúda!
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